segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Disputa por linhas pode ter motivado morte de empresário

O envolvimento de donos de vans que fazem a linha Imperatriz-Amarante é uma das principais linhas de investigação do delegado Guilherme Sousa Filho, designado especialmente para apurar o assassinato do empresário tocantinense Sebastião Carlos Pacheco, ocorrido no último dia 12, diante de sua casa.
A polícia já descobriu que o empresário tinha sérias divergências com os “vanzeiros”, que começaram quando ele comprou a empresa Nova Sião, por aproximadamente R$ 2 milhões, há pouco mais de três meses. A empresa atua nas rotas de Imperatriz a Amarante, Montes Altos, Sítio Novo, Buritirana e Senador La Rocque. O controle da linha Imperatriz-Amarante era a razão principal dos desentendimentos.
O delegado Guilherme informou que as investigações já estão bastante avançadas. Dez pessoas já foram ouvidas e ainda há uma lista de outras quinze para prestar depoimento.
A polícia não revela o teor dos depoimentos, mas já se sabe, entre outras coisas, que questões de dinheiro teriam motivado o desentendimento de Sebastião Pacheco com o ex-sócio Jorge Rodrigues Matos. Este teria ficado devendo a Sebastião R$ 150 mil.
Também foi apurado que todo o patrimônio de Sebastião Pacheco está em nome de outras pessoas. “Esse não deixa de ser um ponto importante a ser investigado”, disse o delegado Guilherme Sousa Filho.
Cinco tiros – Sebastião Carlos Pacheco, 52 anos, dono das empresas de ônibus intermunicipais Nova Sião (Imperatriz-MA), Expresso Araguatins (Araguatins-TO) e Transbico (Palmas-TO), foi assassinado com cinco tiros, às 18h40 do último sábado, dia 12, quando chegava de carro – acompanhado de mulher, de uma cunhada e de duas filhas – em sua residência, localizada na esquina das ruas Itamar Guará e Guanabara, no Três Poderes, bairro nobre de Imperatriz.
O matador – segundo testemunhas, um homem alto e loiro – aproveitou o momento em que Sebastião esperava uma de suas filhas abrir o portão e desfechou-lhe os tiros de revólver calibre 38 quase à queima-roupa. O empresário tentou escapar, acelerando sua caminhonete Nissan Frontier, mas morreu ao volante.
O veículo, ainda tendo em seu interior a mulher de Sebastião, Magna, sua cunhada, Daiane, e uma das filhas, de apenas três anos, só foi parar ao atingir o muro da residência.
O matador teria fugido, de acordo com testemunhas, num Fiat escuro, que o aguardava a poucos metros da casa do empresário.
Já foram ouvidas pela polícia, entre outras pessoas, Antonio José da Silva, o “Toninho”, que era o atual sócio de Sebastião Pacheco, e seu ex-sócio Jorge Rodrigues Matos.
luiscardoso.com

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